Minas Gerais

CORRUPÇÃO

Representante de Zema em Brasília é flagrado cobrando propina

Segundo jornal, governo já sabia do fato desde janeiro, mas Zema só exonerou o servidor quando a denúncia veio a público

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
“Faz o Pix ai”, disse representante de Zema em uma das conversas divulgadas - Foto: Luiz Santana

Representante do governo de Romeu Zema (Novo) em Brasília, o subsecretário de relações institucionais da Casa Civil, Bruno Ornelas, foi flagrado em um esquema de venda de cargos no Departamento Estadual de Trânsito de Goiás. 

Após a acusação, divulgada na segunda-feira (11) pelo jornal Metrópolis, o governador exonerou o servidor, em decisão publicada no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais. Segundo o jornal, Zema já sabia do acontecido desde o dia 3 janeiro, quando o portal tentou contato com o governo de Minas.

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Antes de entrar para a pasta, em 2022, Ornelas pediu R$ 900 mil a um empresário do Distrito Federal para fazer uma indicação em um cargo de chefia na gerência do Departamento de Tecnologia da Informação do órgão de trânsito

Quando aconteceu, o ex-subsecretário cuidava da articulação política do partido Podemos, responsável pelo Detran na administração de Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás. 

As conversas 

Bruno Ornelas diz que agiu a pedido de Felipe Cortês, colega de partido e candidato derrotado a deputado estadual em Goiás nas últimas eleições, em 2022. É o que mostram os diálogos, no Whatsapp, divulgados pela coluna, nos quais o ex-representante do governo Zema pede pagamentos ao empresário. 

“Faz o Pix ai”, disse ele em uma das conversas divulgadas. R$ 100 mil teriam sido destinados à conta da esposa de Felipe Cortês, Fabiola Prado, e R$ 50 mil a uma empresa indicada por Ornelas, chamada Hiperpay Serviço de Pagamentos Ltda. Mesmo com os pagamentos, a nomeação não chegou a ser concluída. 

Outro lado

O Brasil de Fato MG entrou em contato com o governo de Minas para comentar o conteúdo desta reportagem, mas, até o momento da publicação, não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.

Edição: Leonardo Fernandes