O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou uma ação civil pública contra a mineradora Fleurs Global, que opera nas proximidades da Serra do Curral, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A empresa começou a operar de forma ilegal, sem licença, há cerca de seis anos, e sua atividade foi “regularizada” a partir de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
O MP afirma que a mineradora cometeu 17 infrações contra o meio ambiente e o interesse coletivo. Desta forma, pede a interrupção imediata das operações e determina o pagamento de uma indenização de R$ 30 milhões por danos ambientais e coletivos. O órgão também estipula multa de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento.
A ação na Justiça pede que todos os procedimentos de licenciamento ambiental da mineradora sejam anulados e o complexo minerário seja desmontado
Ameaças contra secretária
Em coletiva de imprensa na manhã de segunda-feira (18), o MPMG anunciou a abertura de uma investigação contra o presidente da Associação de Mineradoras de Ferro do Brasil, o empresário João Alberto Paixão Lages, vinculado à empresa Fleurs Global. Ele teria, segundo o MP, enviado mensagens com ameaças à secretária de Meio Ambiente de Minas Gerais na gestão Romeu Zema (Novo), Marilia Melo.
Ainda de acordo com o MP, uma notícia crime foi oficializada e, desta forma, um inquérito criminal está em andamento na Polícia Civil.
O outro lado
O Brasil de Fato MG entrou em contato com a Fleurs Global Mineração, mas até o momento de sua publicação, não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.
Edição: Leonardo Fernandes