Em contexto de emergência climática, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ordenou o corte repentino de árvores na Praça Raul Soares, nessa sexta-feira (22), no centro da capital. Segundo o Executivo, a derrubada aconteceu pela segurança do local, pois as árvores apresentavam “raízes expostas, entradas de ‘casas de ratos’ e podridão do tronco na base”.

As espécies suprimidas foram Flanboyant e Espatódea. A PBH afirma que os cortes foram embasados por laudo produzido por engenheiro agrônomo e, posteriormente, autorizados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), uma vez que a área é protegida. Porém, os documentos ainda não foram apresentados.

Nas redes sociais, uma chuva de críticas foi direcionada ao prefeito Fuad Noman, que também autorizou a derrubada, recentemente, de 63 árvores para realização de uma etapa da corrida Stock Car no entorno do Mineirão, na região da Pampulha. 

"Prefeito Motosserra matando mais árvores na praça Raúl Soares em plena onda de calor que BH passa. A população de Belo Horizonte nunca se esquecerá do maior inimigo de árvores que a cidade já teve. Senhor Prefeito Motosserra @fuad_noman pare com o ecocídio!!!!", denunciou o Projeto Pomar BH.

"Alerta em BH: a Praça Raul Soares perdeu dois flamboyants saudáveis para as motosserras da gestão atual. Cortar árvores é cortar laços com a saúde pública e com a segurança. Árvores caem e o concreto toma conta, mas não ficaremos em silêncio. Exigimos ações, não apenas cortes. A natureza é o nosso patrimônio!", alertou o Viver MG.

"Que a PBH tá afim de deixar a cidade sem árvore a gente já sabe. Agora parece que o novo projeto é sumir com abrigo de morador de rua, em tempo de chuva, para privilegiar bares descoladinhos. A atual da gestão da prefeitura quer acabar com a cidade!", analisou Cadu Passos. 

 

Edição: Leonardo Fernandes