Minas Gerais

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Professores da UFMG anunciam greve a partir de segunda-feira (15)

Paralisação será optativa, cabendo a cada professor, de forma individual, decidir pela adesão

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Governo federal ainda oferece 0% de reajuste para docentes e técnicos da educação em 2024 - Foto: Divulgação/Apubh

Reunidos em assembleia nesta quinta-feira (11), no campus Pampulha, professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aprovaram, por 228 votos a favor e 140 contra, a adesão à greve.

As atividades serão paralisadas a partir da próxima segunda-feira (15), mas será optativa, cabendo a cada professor, de forma individual, decidir pela adesão. Eles se unem aos servidores técnicos administrativos (TAEs), que já estão em greve desde o dia 11 de março, e aos professores e técnicos de colégios e institutos federais, que deflagraram a paralisação no dia 3 de abril.  

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Segundo o Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (Apubh), a categoria não tem conseguido avançar nas negociações com o governo. A entidade cita que, em 2023, diante de uma corrosão inflacionária de mais de 30%, o governo concedeu reposição de apenas 9% aos servidores. Para esse ano, não há previsão de reajuste.

O Apubh reitera que, em 2024, o governo federal já fechou acordo com categorias como  policiais federais, policiais rodoviários federais, policiais penais federais, servidores do banco central e auditores fiscais, mas ainda oferece 0% de reajuste para docentes e técnicos da educação. 

O que diz o governo?

Nessa quarta-feira (10), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou e retirou de sua proposta de acordo com servidores federais a cláusula que criava restrições às greves no funcionalismo. 

No texto, o governo se comprometia a abrir negociações de reajustes e mudanças em planos de carreiras, categoria por categoria. No entanto, alertava que, durante o processo de negociação, a paralisação total ou parcial dos serviços públicos implicaria na suspensão das negociações em curso. 

Nas novas propostas, o governo quer reajustar benefícios como auxílio-alimentação, auxílio-saúde e auxílio-creche. Propõe também negociar aumentos aos servidores em mesas individuais, com garantia de, ao menos, 4,5% de reajuste para 2025 e 4,5% de reajuste em 2026. Para este ano, não houve proposição. 

Edição: Leonardo Fernandes