A máquina de propaganda do capital está e estará sempre a serviço dos ricos, e não será necessariamente para divulgação de verdades. Um claro exemplo disso é o bilionário Elon Musk, que usa sua rede social “X” para disseminar a narrativa de que nossa mais alta corte teria imposto seguidas censuras em nosso país. É evidente que a única liberdade defendida pelo bilionário é para si e suas empresas. Musk usa as ferramentas do capital contra o Estado brasileiro e ousa dizer coisas como: - “Vamos dar golpe em quem quisermos! Lide com isso”.
Elon Musk não está preocupado com a liberdade de expressão no Brasil ou em qualquer outro lugar do planeta. Sua única e exclusiva preocupação é com o lucro de suas empresas e em se manter no topo da lista dos mais ricos do mundo.
Os ataques feitos ao STF e seus ministros buscaram atingir o governo federal, e não tem relação direta com a proibição de fake news no antigo Twitter. Essa é uma briga por um mercado em que o dono da Tesla se vê ameaçado: a indústria de carros elétricos no Brasil e no mundo. Assim, o empresário se alinha ao discurso dos fascistas da extrema-direita, que, como já vimos em 8 de janeiro de 2023, estão de acordo e dispostos a darem um golpe de Estado.
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Recentemente, o bilionário decidiu pressionar o governo dos Estados Unidos a impor barreiras comerciais às empresas de carros elétricos chineses, como a BYD, que no final de 2023, ultrapassou a Tesla como a empresa com maior número de vendas de veículos elétricos no mundo. Neste ano, a empresa chinesa anunciou um aumento de investimento no Brasil para R$5,5 bilhões.
Outra empresa de Musk, a Starlink, vinculada ao negócio de exploração espacial, tem a pretensão de fornecer acesso à internet em qualquer localidade do planeta, mesmo nas regiões mais remotas e afastadas, fazendo uso de uma gigantesca infraestrutura de satélites. E ela também tem grandes planos para o mercado brasileiro.
Finalmente, com sua empresa de exploração espacial, a SpaceX, Musk cria um universo de fantasia em torno da ideia de “conquistas novos planetas”, algo que beira o roteiro de ficção científica, mas que nada mais é do que uma cortina de fumaça sobre o real interesse do bilionário: conquistar o planeta Terra. E como ele fará isso? Ameaçando as democracias. Não o subestimemos!
Ediel Vieira Rangel é mestre em tecnologia e pesquisador sobre tecnologia e alienação da classe trabalhadora.
Edição: Leonardo Fernandes