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Editorial | 1º de maio, dia de participação popular

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A votação acontece até o dia 1° de maio - Foto: Reprodução/ Instagram / Plebiscito Popular MG
Que o dia de luta dos trabalhadores seja dia de cidadania ativa

As classes dominantes têm buscado limitar o exercício da participação direta da população ao período eleitoral, enfraquecendo nossa democracia.

Mas o povo sempre reagiu. Historicamente, existiram no Brasil levantes, revoltas e rebeliões. Setores da população se rebelaram contra a exploração e a escravidão, contra a ditadura militar e em luta por direitos. O próprio direito de votar foi assim conquistado.

Chegamos a mais um 1º de maio, dia de luta dos trabalhadores e das trabalhadoras, data importante para lembrarmos de como a organização da classe trabalhadora é fundamental para conquistarmos o efetivo direito à participação.

É a participação da classe trabalhadora que pode promover as mudanças mais importantes na sociedade. É a movimentação de quem vive do trabalho que irá garantir dignidade, igualdade e justiça social. A luta do 1º de maio remete à luta pela diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias, o que hoje no Brasil é um direito constitucional.

Minas Gerais

Em Minas Gerais, em 2024, o 1º de maio trará com ainda mais destaque a dimensão da participação. A data se dará no momento que realizamos o Plebiscito Popular em Defesa das Estatais Mineiras.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), representante do empresariado mineiro, sinaliza desde a campanha eleitoral seu desejo de privatizar as principais empresas do estado, entre elas a Cemig, Copasa, Gasmig, Codemge e Codemig.

Para realizar seu objetivo, e demonstrando todo seu autoritarismo, ele enviou um projeto de lei à Assembleia Legislativa de Minas Gerais para retirar da Constituição estadual a obrigatoriedade de consultar a população sobre a privatização das empresas públicas. A proposta ficou conhecida como a “PEC do cala a boca”.   

Plebiscito Popular

Em reação à tentativa do governador de retirar o direito da população de ser consultada, e também seu desejo de vender as estatais, as organizações populares e sindicais de Minas Gerais se juntaram para construir a consulta popular, prevista na Constituição do estado.

O Plebiscito Popular traz duas perguntas: a primeira é se as pessoas são a favor ou contra a retirada da Constituição da obrigação da consulta à população para autorizar ou não a venda das estatais; a segunda é se a população concorda com a privatização da Cemig, da Copasa, da Gasmig, da Codemge e da Codemig.

A votação acontece em várias cidades mineiras, nas ruas, praças, escolas, universidades, nas fábricas, em feiras, após as missas e cultos, entre muitos outros lugares. Quem quiser participar, basta buscar pelos locais de votação nas redes sociais do @plebiscitopopularmg. A votação vai até o dia 1º de maio.

Que o dia de luta dos trabalhadores seja dia de cidadania ativa, participação popular, e de votarmos em defesa das estatais e contra a retirada da Constituição do estado do nosso direito de sermos consultados. 

 

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Edição: Leonardo Fernandes