Minas Gerais

SAÚDE AMEAÇADA

Em MG, abaixo-assinado tenta barrar PL de Zema sobre terceirização dos hospitais públicos

Trabalhadores elencam série de retrocessos caso o projeto seja aprovado

Belo Horizonte |
Foto - Frances Campelo/Fhemig

Trabalhadores da saúde de Minas Gerais organizam um abaixo-assinado contra projeto do governador Romeu Zema (Novo), que prevê a entrega de hospitais públicos da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) ao Serviço de Saúde Autônomo (SSA). 

O PL 2127/24, de autoria do governo, tramita na Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e prevê a criação do SSA, uma entidade privada sem fins lucrativos, com sede em Belo Horizonte, além de estabelecer uma série de diretrizes para organização do novo modelo de gestão do sistema. 

A petição é de autoria da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais (Asthemg), das Trabalhadoras e Trabalhadores na Luta Socialista (TLS) e do Sindicato dos Trabalhadores da Rede Fhemig (Sindpros).

“Significa que o governo quer se livrar da responsabilidade de cuidar da saúde pública. O governador quer “vender” para pessoas privadas, sem critério nenhum, a gestão dos hospitais públicos, colocando em risco a prestação de serviço de saúde. São consequência da terceirização dos hospitais públicos”, aponta o texto do abaixo-assinado. 

Para os organizadores, se o PL for aprovado, haverá diminuição no atendimento e serviços de saúde e cirurgias eletivas, falta de medicação e restrição de insumos de saúde, além do desvio de dinheiro e verba dos hospitais.

Outros pontos preocupantes elencados são a demissão em massa de médicos, técnicos, enfermeiros e outros trabalhadores, o pagamento de supersalários para diretores indicados pelo governador e a falta de fiscalização.

Os interessados em assinar, basta clicar aqui

Outro lado

O Brasil de Fato MG entrou em contato com o governo de Minas para comentar o conteúdo dessa reportagem, mas até o momento de sua publicação, não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.
 

Edição: Leonardo Fernandes