Belo Horizonte sediará a primeira edição da Parada Negra LGBT+, neste sábado (25). A concentração está marcada para às 14h, na Praça Sete, no centro da capital mineira. Organizado pela Rede Afro LGBT-MG, o evento tem como objetivo destacar a interseccionalidade entre as pautas, propondo uma discussão racializada sobre os desafios enfrentados pelas duas comunidades.
Depois da concentração, um carro de som seguirá pela avenida Amazonas, em direção à rua Guaicurus. Durante o ato, blocos de carnaval como Angola Janga, Samba da Meia Noite, Abalô-caxi e Afoxé Bandarerê participarão da mobilização. Na Guaicurus, grupos de dança, drag queens e DJs se apresentarão até 22h, horário para o qual está prevista a dispersão.
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O tema de estreia é “Do Erê ao Ancestral”, que chama atenção para a violência contra as pessoas negras.
“Tem o significado de nos permitir envelhecer com qualidade e nos tornar ancestral, sem termos as vidas ceifadas pelo racismo ou LGBTfobia. [a juventude] É um período da vida onde existe a maior mortandade tanto da população LGBT quanto da população negra”, explica Aruanã de Oliveira, coordenador da Rede Afro LGBT e do Movimento Brasil Popular.
Reivindicações
A data em que será realizado o evento também é simbólica, pois 25 de maio é o Dia Mundial da África.
Thiago Santos, coordenador estadual da Rede Afro e membro do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR), afirma que a expectativa é que a parada consiga consolidar uma agenda anual do movimento, dialogando com pessoas que não conhecem as pautas, mas que também orientem políticas públicas para essa população.
“O mês de maio é o mês de combate ao racismo, então tem uma programação do movimento negro. Quando começamos essa articulação fizemos com o movimento negro, LGBT e juventudes”, conta.
História
Inspirada nas “Black Prides” de Nova Iorque, que surgiram em 1991 para dar visibilidade às pessoas negras dentro do movimento LGBTQIA+, a Parada Negra de Belo Horizonte se torna a terceira do gênero no Brasil. A primeira foi em João Pessoa, na Paraíba, e a segunda em São Paulo capital.
O evento conta com o apoio institucional do Centro de Luta Pela Livre Orientação Sexual e Identidade de Gênero de Minas Gerais (Cellos-MG), Sindicato dos Bancários, Conselho Regional de Psicologia Minas Gerais (CRP-MG) e Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE).
Edição: Leonardo Fernandes