Belo Horizonte vai receber a primeira Parada do Orgulho da Pessoa com Deficiência (PCD) da cidade, seguindo os passos de eventos semelhantes em São Paulo, Salvador, Recife e Brasília. A parada ocorrerá no dia 28 de julho, a partir das 10h, na Praça da Savassi. No dia 30 de julho, a programação inclui um seminário e uma sessão solene em defesa dos direitos das pessoas com deficiência, na Câmara Municipal de Belo Horizonte, às 19h.
Organizada pela instituição Parada do Orgulho PCD BR, em colaboração com organizações e movimentos sociais locais, a iniciativa busca promover a visibilidade e os direitos das pessoas com deficiência.
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Marcelo Zig, um dos fundadores da Parada PCD, ressalta a importância do evento para a inclusão e visibilidade das pessoas com deficiência, afirmando ser um marco histórico para Belo Horizonte e uma oportunidade de unir a comunidade em torno de um objetivo comum.
"Desde a realização da Primeira Parada PCD do Brasil, em setembro do ano passado, em São Paulo, ficou claro a importância de expandir esse movimento para outras cidades. A cada local ocupado, a energia e o engajamento das pessoas celebrando a existência e a força dos corpos com deficiência só crescem", explica.
Para o mineiro Pedro Avelar, co-fundador da Parada PCD, a iniciativa representa um avanço significativo na luta pelos direitos das pessoas com deficiência e uma chance de mostrar a força e a diversidade dessa comunidade.
"Após passarmos por várias cidades do Brasil, estou muito feliz por trazer nosso movimento para minha cidade natal, Belo Horizonte. O evento é protagonizado por pessoas com deficiência e aborda temas essenciais como cultura e empreendedorismo, educação e saúde inclusivas, entre outros. É uma honra realizar a Parada PCD no mês do orgulho das pessoas com deficiência", afirma.
Arte e cultura PCD
Artistas locais, como Olívia Olí e Maria Hadassah, se apresentarão durante o evento, destacando a riqueza cultural e a expressão artística das pessoas com deficiência. Para Olívia Olí, que será a Mestre de Cerimônias da Parada PCD de BH, participar deste evento é um marco em sua carreira.
"Como Drag Queen, levar meu corpo diferente e político é algo muito valioso. Estar entre tantas pessoas que enfrentam as mesmas dificuldades e barreiras impostas pela sociedade é um privilégio. Que esta Parada do Orgulho PCD seja a primeira de muitas", declara Olívia.
Maria Hadassah também celebra a oportunidade de se apresentar para um público majoritariamente composto por pessoas com deficiência. "Já me apresentei em outras mostras, na abertura de eventos, em academias, no Centro Cultural Pampulha e para vereadores, mas nunca em um encontro específico de PCD. Este é o primeiro convite que recebo de pessoas com deficiência. Já participei de eventos com mil pessoas onde eu era a única PCD", analisa Maria.
Edição: Elis Almeida