Minas Gerais

DESCASO

Moradores do Vale do Jequitinhonha (MG) fazem protesto por melhores condições de estrada

Pesquisa indicou 39 pontos críticos na BR 367, que é a rodovia federal em piores condições do estado

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Foto - - Arquivo pessoal

Com objetivo de pressionar o governo federal pela realização de obras de pavimentação e recapeamento na BR 367, que liga a região mineira do Vale do Jequitinhonha ao sul da Bahia, moradores fizeram um trancamento da via na noite de terça-feira (13). O protesto aconteceu na altura do KM 187, entre os municípios de Itaobim e Jequitinhonha. 

A estrada é antiga e a reivindicação por melhorias já dura décadas. As famílias relatam que precisam trafegar por trechos de terra e em más condições.

“É uma estrada intransitável, com mais de 20 quilômetros de puro buraco. E nós pudemos visualizar que, por aqui, passam muito mais carros com pacientes indo fazer tratamento em outras cidades do que veículos de carga”, comentou Robélia Maria, uma das organizadoras da manifestação. 

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No início deste ano, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT)  divulgou o resultado de uma pesquisa que aponta 39 pontos críticos na BR 367. O levantamento indicou que a estrada é a pior rodovia federal de Minas Gerais.

Pressão

Duas audiências públicas, convocadas pelo deputado estadual Jean Freire (PT), já foram realizadas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para debater sobre o tema e pressionar os órgãos competentes.

“Nosso povo está cansado. Nós estamos cansados de cobrar e ouvir sempre a mesma coisa. Então, essa foi a saída que o povo encontrou para ver se os responsáveis ouvem o nosso clamor”, disse o deputado em uma das reuniões. 

Em um dos debates na ALMG, em fevereiro, o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Minas Gerais, Antônio Gabriel Santos, informou que a BR-367 irá receber recursos para a reforma.

Porém, segundo os moradores, as obras foram iniciadas em alguns trechos da via, em junho, mas boa parte já foi  interrompida ou está lenta. 


 

Edição: Elis Almeida