O Movimento Nacional de População de Rua realizou, nesta segunda-feira (19), um protesto embaixo do Viaduto Santa Tereza, no Centro de Belo Horizonte, exigindo moradia digna, acesso à água potável e banheiros públicos para pessoas em situação de rua.

Segundo Edson Franco, coordenador do movimento em Minas Gerais, o ato teve como objetivo criticar a postura das autoridades e da sociedade em geral. 

“O que temos atualmente são políticas que não caminham, são meias políticas. Muda-se o governante e implementam alguma coisa que vai apenas até o meio do caminho”, afirmou.

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Edson destacou que as reivindicações permanecem as mesmas de 20 anos atrás. No entanto, ele frisou que a principal demanda, além do básico, é o fim da violência contra pessoas em situação de rua. 

"Muitas pessoas estão morrendo doentes ou assassinadas. Nossas primeiras reivindicações são o direito à moradia, à saúde, à cultura, ao lazer, à água e à dignidade sanitária - direitos humanos fundamentais. Queremos que o poder público nos veja como cidadãos, sujeitos de direitos, e não apenas com o olhar do preconceito", desabafou.

 

Ato relembra os 20 anos da Chacina da Sé

O protesto também marcou os 20 anos do Massacre da Sé, ocorrido em 19 de agosto de 2004, quando sete pessoas em situação de rua foram mortas pela Polícia Militar na Catedral da Sé, em São Paulo. 

Os organizadores lembram que o movimento surgiu em resposta a esse fato e também à Chacina da Candelária, no Rio de Janeiro, que ocorreu em 23 de julho de 1993, quando oito jovens foram assassinados por atiradores. 

Desde 2005, o Movimento Nacional de População de Rua organiza, anualmente, atividades no dia 19 de agosto para celebrar o Dia de Luta da População de Rua.

 

Edição: Ana Carolina Vasconcelos