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Tramonte: a quem interessa Zema e Bolsonaro na Prefeitura de BH?

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Tramonte é do mesmo partido que os senadores Hamilton Mourão e Damares Alves - Reprodução
Mauro Tramonte e seus colegas de partido são abertamente defensores de medidas que desmontam polític

O partido de Mauro Tramonte (Republicanos), líder nas pesquisas de intenções de voto para a Prefeitura de Belo Horizonte, é o que mais fez oposição ao presidente Lula (PT) no Senado, em 2023. Apesar do Republicanos conduzir o Ministério de Portos e Aeroportos, os senadores da legenda votaram mais vezes de forma contrária à orientação do governo federal do que o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Tramonte é do mesmo partido que os senadores Hamilton Mourão e Damares Alves, além de ser companheiro de sigla do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas. O Republicanos esteve entre os mais fiéis partidos da base do governo Bolsonaro. 

Ou seja, ajudaram, e muito, no genocídio durante a pandemia, na flexibilização da legislação ambiental, na retirada de direitos trabalhistas, no arrocho salarial, no congelamento dos gastos sociais, entre tantas outras medidas, que afundaram a economia brasileira e jogaram parcela significativa da população na miséria. 

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Mesmo após a tentativa de golpe de Estado, em 8 de janeiro de 2023, os políticos do Republicanos seguem participando das tramas da extrema direita no Brasil. 

Mauro Tramonte e seus colegas de partido são abertamente defensores de medidas que desmontam políticas públicas, prejudicando a saúde, a educação e o transporte, entre outros, com o argumento de que esses serviços serão melhores se deixados nas mãos da iniciativa privada. O que não se sustenta à luz da história recente do Brasil. Michel Temer (MDB) e Bolsonaro implementaram esse modelo e a consequência foi a queda da economia, associada à piora de vida do povo.  

Amigo de Romeu Zema

A aliança entre Mauro Tramonte e Romeu Zema (Novo) é ainda mais explícita. A candidata a vice-prefeita da chapa do Republicanos, Luísa Barreto, foi indicada pelo governador e é sua ex-secretaria de planejamento. 

Sim, a vice do apresentador de TV é uma das responsáveis pelo arrocho salarial dos servidores públicos, que prejudicou os trabalhadores que cuidam da população, professores, médicos, enfermeiras, fiscais, etc. Além disso, esteve no governo, quando este deixou de aplicar recursos obrigatórios em educação, o que está sendo questionado pelo Tribunal de Contas. 

Pior, o governo Zema, de Luísa Barreto, é totalmente subserviente aos interesses das mineradoras e, para atender seus interesses, fez de tudo para facilitar licenciamentos ambientais, sem se preocupar com o abastecimento hídrico da população e com a existência de reservas florestais. 

É uma gestão que tem feito de tudo para privatizar as empresas públicas dos mineiros, como a Cemig e a Copasa, com claros prejuízos à população, que pode assistir as tarifas subirem, enquanto o mercado lucra cada vez mais.

Definitivamente, para a população de Belo Horizonte, não interessa que Mauro Tramonte chegue, com Zema e Bolsonaro, à prefeitura.  

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Edição: Ana Carolina Vasconcelos