Minas Gerais

Educação

Comunidade de escola pública profissionalizante de artes de MG denuncia abandono de Zema

Única escola técnica de artes do estado teve turmas fechadas neste ano

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Alunos do teatro durante intervenção - Manifestantes/Divulgação

Alunos e professores do Centro Interescolar de Cultura, Arte, Linguagens e Tecnologias (Cicalt) realizaram uma manifestação, na última semana, ocupando o prédio da Secretaria Estadual de Educação (SEE) com intervenções artístico-políticas,  com o objetivo de chamar a atenção do governo de Minas Gerais para a situação escola, que, segundo eles, está abandonada pela gestão de Romeu Zema (Novo). 

O Cicalt é a única escola pública do estado direcionada para o ensino de artes. Uma das reivindicações da comunidade que frequenta e trabalha na instituição é a maior divulgação das atividades realizadas no local, já que muitas pessoas não sabem da existência da escola técnica.

O espaço, que fica em Belo Horizonte, oferece cursos de diversas modalidades, como canto, dança e artes circenses. Os manifestantes também denunciam o sucateamento da escola, que, segundo eles, convive com falta de manutenção de aparelhos de acessibilidade, redução da oferta de vagas em alguns dos cursos, falta de assistência aos estudantes e ausência de liberdade para a gestão. 

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Atualmente, os estudantes do Cicalt não são atendidos por alguns programas sociais da capital mineira, como o passe livre. Como consequência, a comunidade da escola aponta o aumento da evasão, principalmente dos estudantes de baixa renda. A ampliação do acesso à política pública é uma das reivindicações dos manifestantes. 

Sem prazo para resolução

Em nota, os manifestantes afirmam que “a Superintendente Regional de Ensino Metropolitana A afirmou que não poderá estimar um prazo para solucionar todas as questões levantadas”. 

A estudante do curso técnico de canto Pâm Silva afirma que, durante a manifestação, o governo demorou para atender aos manifestantes. 

“A escola, desde que eu entrei, é boicotada para fechar. Há um sentimento de pertencimento de uma luta coletiva, que começou lá atrás, e um sentimento de coletivo, ao ver os alunos e professores juntos, na  tentativa de salvar os cursos que foram encerrados, e as demais questões que a secretaria tem imposto ao Cicalt”, comenta. 
 

Edição: Ana Carolina Vasconcelos