O núcleo Belo Horizonte do Observatório das Metrópoles do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) lançou, na segunda-feira (30), o caderno de propostas “Um outro futuro é possível”.
A iniciativa é um compilado de artigos publicados pelo INCT ao longo do primeiro semestre de 2024 e trata das dimensões da questão urbana-metropolitana, visando orientar os debates eleitorais sobre o futuro do Brasil e das cidades.
Construída como parte do projeto “As metrópoles e o direito à cidade: plataforma de conhecimento, inovação e ação para o desenvolvimento urbano”, que publicou cerca de 240 artigos de opinião escritos pelos 18 núcleos regionais da rede, as propostas buscam “mobilizar o público em torno de um mesmo conteúdo de relevância nacional, mas abordado a partir das diversas perspectivas locais”.
Iniciativa busca retomar debates sobre o futuro
As publicações aconteceram entre janeiro e julho de 2024 em diversos veículos da imprensa de todo o país. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o Brasil de Fato MG veiculou alguns desses artigos de opinião.
O lançamento do caderno aconteceu durante o V Fórum Metropolitano, na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e contou com a presença das pesquisadoras Ana Maria Ardila, Jupira Mendonça, Margarete Leta e Marina Sanders.
Principais pontos do documento
Construído por 28 pesquisadores e pesquisadoras da RMBH, o documento é organizado em torno de eixos complementares, compostos por diversos artigos sobre temas como segregação urbana e desigualdades; governança metropolitana; gestão democrática e participação cidadã; transição ecológica; saneamento básico e meio ambiente, entre outros.
O caderno surge a partir da percepção do Observatório das Metrópoles de uma interdição no debate sobre o futuro. É o que compreende, com preocupação, o prefácio da edição belo-horizontina.
“Observamos uma espécie de ‘cancelamento’ da discussão sobre os caminhos que possam orientar o debate social sobre o futuro do nosso país”, afirma o texto.
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A partir desse diagnóstico, o documento propõe um arcabouço teórico de base para reflexões e construção de políticas públicas.
“O objetivo é mobilizar os conhecimentos e informações geradas em seu programa de trabalho com o intuito de transformá-los em subsídios ao debate em torno da construção de um outro projeto para as metrópoles brasileiras”, diz o caderno de propostas.
Para acessar o documento na íntegra, basta clicar neste link.
Um pouco mais sobre o INCT
Sediado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Observatório das Metrópoles do INCT tem como intuito a busca pela sistematização sobre os principais desafios metropolitanos.
Na perspectiva das mudanças nas relações entre sociedade, economia e Estado em territórios de grande aglomerações urbanas, o INCT procura aliar atividades de pesquisa e ensino com possíveis contribuições para a atuação da sociedade civil e de atores governamentais no campo das políticas públicas.
Atualmente, o observatório é composto por cerca de 400 pesquisadores vinculados a instituições de ensino superior, em 18 núcleos regionais, sendo coordenado pelo professor Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro, da UFRJ.
Edição: Ana Carolina Vasconcelos