Quem acompanha a campanha para prefeitura em BH viu surgir nos últimos dias um movimento para que os eleitores alinhados ao campo progressista façam voto útil em um candidato do centrão apoiado pela direita e ultradireita belorizontina, com o argumento de que a candidatura do PT não tem força para ir ao segundo turno, tornando esse candidato o único viável para combater o zemismo e o bolsonarismo em nossa cidade.
Apresentam-se, também, diversas vozes de intelectuais e analistas políticos “maduros” para endossar o movimento, mantendo um ar de espontaneidade para essa análise do cenário político, escondendo a origem e os interesses dos grupos políticos que defendem tal ideia absurda.
O que se sabe é que tais indivíduos e grupos, que deixaram para expor suas opiniões coordenadamente nesse momento, já defendiam essa proposta desde o início do ano e não aceitaram a decisão do PT de lançar um candidato da esquerda, com apoio do Lula e representando efetivamente o campo progressista da cidade. A exposição de suas ideias nesse momento não é espontânea, mas coordenada e com o intuito de minar a força política da militância e do eleitorado petista da cidade.
Cabe a nós, eleitores do Lula, militantes do PT e cidadãos alinhados com pautas dos movimentos sociais progressistas de nossa cidade, analisar os perfis de tais personalidades. Quem o fizer, perceberá que nenhum deles se envolveu na campanha do Rogério Correia, não compartilhou uma postagem, não pegou um panfleto e não pediu um voto ou defendeu nossa candidatura, como o fazem agora com tanta “sobriedade” para defender o outro candidato.
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Não podemos entrar nesse jogo e acreditar que não temos força política em nossa cidade, nem acreditar que outro candidato além do nosso é uma opção melhor para defender os nossos interesses enquanto petistas, militantes e progressistas. Tenhamos em mente que Lula teve 45% dos votos em BH, há menos de dois anos e é atrás desses votos que estamos correndo todos os dias fazendo campanha.
O PT tem força e disposição para fazer política para os trabalhadores e os mais necessitados do Brasil, mudamos a cara desse país quando assumimos a presidência pela primeira vez, assim como mudamos a cara de Belo Horizonte estivemos na prefeitura. E é o que estamos buscando fazer novamente no Brasil e aqui no nosso município. Porque deveríamos renunciar à nossa candidatura e confiar que as elites e seus partidos realizem nossos sonhos?
Unidade dos progressistas
Ora, nosso candidato tem história de atuação e compromisso com os movimentos populares e a defesa justa do povo contra os ataques da nossa elite desumana. Nosso candidato tem o melhor currículo entre todos os postulantes à prefeitura. Nossa coligação carrega todos os partidos verdadeiramente progressistas da nossa cidade e nosso programa foi escrito por pessoas que conhecem de política pública e têm compromisso com as causas populares.
Acima de tudo, foi a força da militância que teve êxito no vira votos da campanha de Dilma Rousseff, em 2014, foi a garra da militância que gerou condições para reverter a prisão injusta de Lula. E foi a resiliência da militância que não descansou até eleger nosso presidente para o terceiro mandato e impedir que os setores mais desumanos de nossa elite avançassem ainda mais com seu projeto de destruição do nosso país e de nosso povo mais sofrido.
Agora, o que mais precisamos é de nossa força, nossa garra e nossa resiliência. Somos nós, corações valentes, que vamos às ruas para virar os votos dos que estão votando, enganados, naqueles que não têm nada para oferecer ao povo.
Somos nós que vamos mostrar tudo que já fizemos e vamos voltar a fazer porque temos compromisso com os mais pobres e não temos, nem por um segundo, medo de ser felizes.
Todos esses, que desistiram sem tentar, passarão, nós, venceremos!
Vítor Diniz Baptista é militante do PT BH e do Coletivo Nova Primavera BH
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Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal.
Edição: Elis Almeida