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Fuad é melhor, indiscutivelmente

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Reprodução - Prefeitura de Belo Horizonte
Engler representa menos educação e saúde de qualidade

No dia 27 de outubro, os belo-horizontinos irão novamente às urnas. Desta vez, ao invés de dez opções, só terão duas: Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD). Sendo assim, fica fácil comparar. 

Comecemos pelo primeiro. Bruno Engler (PL) se define como de extrema direita ou direita radical. O que este campo político e o partido de Engler defendem? Para eles, o problema do Brasil, dos estados e dos municípios é o excesso de Estado. Ou seja, eles acreditam que temos muitas políticas públicas que exigem muitos recursos, tornando o Estado grande e inchado, o que levaria à corrupção e à má eficiência. 

A extrema direita também defende que existe um inimigo interno no Brasil, a esquerda e suas ideias, que, portanto, precisam ser combatidos. Eles também acreditam que os problemas do país são de ordem moral e, dessa forma, a sociedade estaria em crise, em razão de ter muita tolerância com a orientação sexual, política e religiosa das pessoas.  Além disso, para esse campo, a criminalidade teria como única e exclusiva causa o comportamento dos indivíduos.

Propostas de Engler prejudicam os mais pobres

A consequência prática da proposta econômica de Engler, que é neoliberal, é o empobrecimento da população, o aumento da desigualdade social, a estagnação do desenvolvimento e a piora da qualidade das políticas públicas, como saúde e educação. 

Eles apostam no mercado e na iniciativa privada, defendendo que tudo o que é público seria de pior qualidade e deveria ser diminuído ou abandonado. Foi o que fizeram durante as gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro e deu no que deu: baixíssimo crescimento e volta da fome. 

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Criaram um teto para os gastos sociais, retirando dinheiro do SUS e da educação; deixaram de aumentar o salário mínimo; privatizaram empresas e flexibilizaram a legislação trabalhista, aumentando a exploração. 

As propostas de Engler para Belo Horizonte são da mesma natureza: mais escolas privadas e menos escolas públicas; mais planos de saúde e menos SUS de qualidade; mais mineradoras e menos cuidado com o meio ambiente. 

Para tirar a prova, basta ver quem o apoia: todo o setor patronal, incluindo as mineradoras. Sua vitória levaria à privatização da gestão de escolas, hospitais e parques. Além disso, a consequência seria o uso da Prefeitura de Belo Horizonte como trampolim político para projetos retrógrados. 

Fuad tirou os golpistas da Raja Gabaglia e vai tirá-los da PBH

Assim como Bolsonaro, Engler nega a saúde (não se vacinou) e a ciência (defendem, por exemplo, que não vivemos uma crise climática). 

Fuad também é de um partido de direita, mas está longe de ser a extrema direita que Engler representa. Seu governo será muito mais poroso às pautas populares e mais propenso a parcerias com o governo federal, beneficiando a capital mineira e a população mais pobre. 

Engler é a volta dos golpistas para a frente do quartel do Exército na avenida Raja Gabaglia. Fuad os tirou de lá e os tirará da prefeitura, com a nossa ajuda.

Edição: Elis Almeida