Minas Gerais

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Passadas as eleições, seguir na disputa pela cidade que queremos

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Reprodução - Luiz Santana/ALMG
As carências de políticas públicas em Belo Horizonte são muitas

Os resultados das eleições de 2024 mostraram que a sociedade segue polarizada na disputa entre projetos de sociedade.

Na capital do nosso estado, a polarização se expressou na disputa do segundo turno à prefeitura, em que a candidatura vitoriosa de Fuad Noman (PSD) contou com o apoio do presidente Lula (PT), contra Bruno Engler (PL), apoiado por Bolsonaro (PL) e Zema (Novo).

Ela também se expressou na composição da Câmara Municipal, em que tanto a bancada progressista quanto a do PL, de Bolsonaro, registraram expressivo crescimento. A derrota do candidato de extrema-direita, porém, vem como um ‘respiro’ para os movimentos populares da capital, oferecendo um terreno mais favorável às lutas reivindicativas e à disputa em torno de um projeto de cidade.

BH carece de mais políticas públicas

Como toda metrópole, as carências de políticas públicas em Belo Horizonte são muitas. Moradia, saúde, segurança pública, transporte, emprego e renda, entre tantas outras insuficiências são enfrentadas cotidianamente por quem vive na capital.

Fuad aglutinou setores comprometidos com a democracia

O eleitorado da cidade demonstrou, nas urnas, que não considera a extrema-direita uma aposta razoável para enfrentar esses problemas.

A eleição de Fuad Noman foi possível porque foi capaz de aglutinar o apoio dos setores da sociedade comprometidos com a democracia e com a derrota da extrema-direita, incluídos aí as candidaturas do campo progressista que disputaram o primeiro turno, bem como movimentos populares e organizações da sociedade civil com atuação na cidade.

É fundamental que seu governo seja capaz de expressar essa composição de forças para que a capital avance ao longo dos próximos quatro anos.

Em sua atuação na Câmara Municipal, os parlamentares alinhados a Zema e Bolsonaro se mostram incapazes de contribuir para a efetivação de políticas públicas e a expansão dos direitos sociais na cidade. Ou seja: se mostram incapazes de enfrentar os problemas reais vividos pelo povo belorizontino. Pelo contrário, tendem a se concentrar na defesa de pautas polêmicas e eleitoreiras, mais preocupados em se manter nos holofotes e nas redes sociais do que efetivamente melhorar a vida dos cidadãos de Belo Horizonte.

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Lutar para efetivar direitos

Já do ponto de vista dos movimentos populares, é momento de fazer balanços e avaliações coletivas dos resultados, mas, sobretudo, é tempo de reunir forças para organizar as lutas populares que pressionarão a prefeitura reeleita em direção à garantia e expansão dos direitos sociais.

Somente a luta e a organização popular devidamente conectadas com as demandas da cidade trarão conquistas para o povo da capital, e são também incontornáveis se quisermos acumular forças para um projeto mais avançado para a cidade.

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Edição: Elis Almeida